Now Playing: a voz nordestina ao telefone
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Pistas para me conhecer.
Vem o Sol, de onde não se vê
óculos escuros, sertralina no bolso da blusa
a branca tristeza, meu branco sorriso torto
fragmento de uma casa traída, um projeto meu e seu
agora, agora, amor amor. Fios loiros no ralo do banheiro
um suspiro... ah, ouço o Rafinha tocando flauta... tremo.
na paz de quem está só e aprendeu,
que um corpo é apenas um corpo e
não é apenas um corpo se
os pés gelados te procuram as coxas
e aqueles olhos da estranha desejam velar teu sono.
Ela não pareceu se importar. Ela não parou. Ela intensificou
eu tremi, tremi, tremi
apertei, forte. Arranhei sem unhas, contraí-me todo.
Docemente ela se levantou e milhões de mim foram-se ralo a baixo.
Fome de um corpo quente não saciada,
sede da bebida que só a mulher amada,
que só o calor da bunda desejada,
calejada da rotina do dia-a-dia,
das tristezas e alegrias das contas não pagas
das garrafas de água vazias
e das pizzas da Sadia,
e do sorriso ao me ver chegar,
e dos abraços ao arriar das malas
e das gritarias e da paz que reina na madrugada
que só quem sabe o que estar só
pode aplacar.
n.
Quanto tempo desde o último post? nem sei. ou melhor, sei, mas este post não é temporal. Nem vai ser. Ninguém além de mim e de meus diversos eus sabe o que é verdade, o que é mentira naquilo que posto.
Sim, uma vez, uma única e miserável vez deixei que minha identidade vazasse num post onde gritei meu nome antes que eu mesmo desaparecesse... mas que eu foi esse que gritou? não sei mais. Nunca soube.
As datas são aleatórias... as histórias (sempre com h)... frutos de uma mente perturbada.
"os cuidadores também bebem". Sei bem disso...
então, vou começar postando o que chamo de uma das "Crônicas P." e que não se entenda nada de pornoléxico no p. depois de Kafka e Dostoiévsk, acho chique escrever com iniciais apenas.
Me conecto à fibra
a única mão à mostra, digita
que estás em agonia
e se vira, e suspira... e nem pira
em saber que tenho dois olhos
e não te miro só,
ainda sugere a imagem, ele lembra do sonho.
Se molha, me ajeito, me olha, provoco.
Escopofilia virtual.
Paudurência digital.
Um dedo, dois dedos,
mecânica Newtoniana contra a solidão
prestidigitação
me aperto e você morde os lábios,
você é mais avançada do que eu.
Bits de saudade a circular,
indo e vindo,
entrando e saindo,
Tx e Rx,
real, real
na infovia da putaria.